domingo, 29 de agosto de 2010

Maconha : legalizar ou não? / produção de texto



SÓ SE APRENDE A ESCREVER, ESCREVENDO! Mão á obra.

A polêmica está no ar, o tema em debate é delicado e requer cuidado e atenção. Porém, se inegavelmente o uso da maconha está atrelado ao de outras drogas mais pesadas e a outros crimes, também pode beneficiar , como medicamento ,pacientes em doença terminal, levando-lhes alívio.

Proposta
- Maconha : legalizar ou não?
Utilize a norma culta em seu texto, posicione-se a respeito do tema, mantenha clareza e coesão.

Ver é reto, olhar é sinuoso. Ver é sintético, olhar é analítico. Ver é imediato, olhar é mediado ...


Texto de apoio

13/02/2009 - 22:42 - ATUALIZADO EM 14/02/2009 - 00:18 - Revista Época

Maconha: é hora de legalizar?

Por que um grupo cada vez maior de políticos e intelectuais – entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – defende a legalização do consumo pessoal de maconha
RUTH DE AQUINO. COM MARTHA MENDONÇA, NELITO FERNANDES, WÁLTER NUNES E RAFAEL PEREIRA


Fumar maconha em casa e na rua deveria ser legal? Legal no sentido de lícito e aceito socialmente, como álcool e tabaco? O debate sobre a legalização do uso pessoal da maconha não é novo. Mas mudaram seus defensores. Agora, não são hippies nem pop stars. São três ex-presidentes latino-americanos, de cabelos brancos e ex-professores universitários, que encabeçam uma comissão de 17 especialistas e personalidades: o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, de 77 anos, e os economistas César Gaviria, da Colômbia, de 61 anos, e Ernesto Zedillo, do México, de 57 anos. Eles propõem que a política mundial de drogas seja revista. Começando pela maconha. Fumada em cigarros, conhecidos como “baseados”, ou inalada com cachimbos ou narguilés, a maconha é um entorpecente produzido a partir das plantas da espécie Cannabis sativa, cuja substância psicoativa – aquela que, na gíria, “dá barato” – se chama cientificamente tetraidrocanabinol, ou THC.

Na Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, reunida na semana passada no Rio de Janeiro, ninguém exalta as virtudes da erva, a não ser suas propriedades terapêuticas para uso medicinal. Os danos à saúde são reconhecidos. As conclusões da comissão seguem a lógica fria dos números e do mercado. Gastam-se bilhões de dólares por ano, mata-se, prende-se, mas o tráfico se sofistica, cria poderes paralelos e se infiltra na polícia e na política. O consumo aumenta em todas as classes sociais. Desde 1998, quando a ONU levantou sua bandeira de “um mundo livre de drogas” – hoje considerada ingenuidade ou equívoco –, mais que triplicou o consumo de maconha e cocaína na América Latina.

Em março, uma reunião ministerial na Áustria discutirá a política de combate às drogas na última década. Espera-se que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, modifique a posição conservadora histórica dos Estados Unidos. A questão racial pode influir, já que, na população carcerária americana, há seis vezes mais negros que brancos. Os EUA gastam US$ 35 bilhões por ano na repressão e, em pouco mais de 30 anos, o número de presos por envolvimento com drogas decuplicou: de 50 mil, passou a meio milhão. A cada quatro prisões no país, uma tem relação com drogas. No site da Casa Branca, Obama se dispõe a apoiar a distribuição gratuita de seringas para proteger os viciados de contaminação por aids. Alguns países já adotam essa política de “redução de danos”, mas, para os EUA, o cumprimento dessa promessa da campanha eleitoral representa uma mudança significativa.

A Colômbia, sede de cartéis do narcotráfico, foi nos últimos anos um laboratório da política de repressão. O ex-presidente Gaviria afirmou, no Rio, que seu país fez de tudo, tentou tudo, até violou direitos humanos na busca de acabar com o tráfico. Mesmo com a extradição ou o extermínio de poderosos chefões, mesmo com o investimento de US$ 6 bilhões dos Estados Unidos no Plano Colômbia, a área de cultivo de coca na região andina permanece com 200 mil hectares. “Não houve efeito no tráfico para os EUA”, diz Gaviria.

Há 200 milhões de usuários regulares de drogas no mundo. Desses, 160 milhões fumam maconha. A erva é antiga – seus registros na China datam de 2723 a.C. –, mas apenas em 1960 a ONU recomendou sua proibição em todo o mundo. O mercado global de drogas ilegais é estimado em US$ 322 bilhões. Está nas mãos de cartéis ou de quadrilhas de bandidos. Outras drogas, como o tabaco e o álcool, matam bem mais que a maconha, mas são lícitas. Seus fabricantes pagam impostos altíssimos. O comércio é regulado e controla-se a qualidade.

Crescem entre estudiosos duas convicções. Primeira: fracassou a política de proibição e repressão policial às drogas. Segunda: somente a autorregulação, com base em prevenção e campanhas de saúde pública, pode reduzir o consumo de substâncias que alteram a consciência. Liderada pelos ex-presidentes, a comissão defende a descriminalização do uso pessoal da maconha em todos os países.

“Temos de começar por algum lugar”, diz FHC. “A maconha, além de ser a droga menos danosa ao organismo, é a mais consumida. Seria leviano incluir drogas mais pesadas, como a cocaína, nessa proposta”.

EXPERIÊNCIA
Os ex-presidentes Ernesto Zedillo, César Gaviria e Fernando Henrique em encontro no Rio, na semana passada. Eles defenderam a revisão das leis contra as drogas e a descriminalização da posse de pequenas quantidades de maconha
O que pode parecer a conservadores uma tremenda ousadia não passa, na verdade, de um gesto simbólico do continente produtor de drogas, a América Latina. Um gesto com os olhos voltados para o Norte, o hemisfério consumidor por excelência. Nos Estados Unidos, ainda se encarceram usuários na maioria dos Estados, e a Europa faz vista grossa ao consumo, mas não muda sua legislação. A comissão latino-americana acha “imperativo retificar a estratégia de guerra às drogas dos últimos 30 anos”.

Nosso continente continua sendo o maior exportador mundial de cocaína e maconha, mas produz cada vez mais ópio e heroína e debuta na produção de drogas sintéticas. Um maior realismo no combate às drogas, sem preconceito ou visões ideológicas, ajudaria a reduzir danos às pessoas, sociedades e instituições.

Há quem discorde dessa visão, com base em argumentos também poderosos. Com a liberação do consumo da maconha, mais gente experimentaria a droga. Isso aumentaria o número de dependentes e mais gente sofreria de psicoses, esquizofrenia e dos males associados a ela. Mais gente morreria vítima desses males.

“Como a maconha faz mal para os pulmões, acarreta problemas de memória e, em alguns casos, leva à dependência, não deve ser legalizada”, afirma Elisaldo Carlini, médico psicofarmacologista que trabalha no Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas (Cebrid). “Legalizá-la significaria torná-la disponível e sujeita a campanhas de publicidade que estimulariam seu consumo”.



Reflexão :
É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver"

Gabriel Garcia Marques

4 comentários:

  1. eu sou totalmente contra a legalização da maconha tem q continuar sendo seguido isso aii tem q acabar a maconha Brasil e no Mundo tem pessoas q nao encherga isso q tao acabando com suas proprias vidas

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  2. Boa tarde ao editor, minha visâo é ´´mais facíl legalizar do que ter que trabalhar´´ exclarecendo meu comentario, quantas campanhas foram feitas contra o uso de intorpecentes,quantos milhôes foram gastos, pois é, o que estaria errado nesses trabalhos que não obtiverâo exito, porque digo isso, o brasil registrou um aumento do consumo de maconha até 2005, passado de 1%da populaçâo adulta em 2001 para 2,6% em 2005, sâo dados alarmantes, questôes a seram discutidas de outra forma nâo simplesmente legalizando

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  3. legaligar é preciso, ao invéz do governo investir em saude e benefícios tem que estar investindo o nosso dinheiro em combate a maconha, por isso eu apoio a legalização pq ninguen é obrigado a usar ela entâo legalizada melhora o investimento na saude e em nossa cidade, Fabio-Jaru.RO...

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  4. ANÔNIMO-Acredito que a legalização das drogas, segue o caminho de uma boa legislação, e que a Indústria Farmaceutica e os profissionais da Medicina (classe médica) seriam os colaboradores para que a legalização passasse pelos conhecimentos da medicina. Como está sendo utilizada e comercializada atualmente, as drogas produzem um mercado ilegal, uso ilegal e sua utilização de forma equivocada, cria insegurança, crimes, até o mercado de armas e um governo paralelo são criados pelos que usufruem dos lucros deste comércio desastroso que influem na vida particular e familiar do usuário não orientado, até mesmo a midia usufrue com destaques em seu noticiário, com páginas e telinhas recheadas destas noticias sobre drogas, drogados, usuários e traficantes.
    Essa de democracia ( usa quem quer) e comércio de cigarro e alcool nada tem a ver com a discussão das demais drogas, hoje consideradas ilicitas no Brasil e demais países do mundo.Somos a favor da legalização não comercialização aberta, mas com uso controlado e uma lei concreta e aplicável em nosso país.

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