quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Til- Você pode não gostar, mas precisa aprender.


       
Em pleno século XXI ler José de Alencar é complicado.Descritivo por excelência, prolixo,escreve em 100 páginas algo que poderia ser bem escrito em 50, mas...o vestibular está aí, ele foi selecionado e temos que tirar proveito disso.Você tem o direito de não gostar, mas não tem escolha no quesito aprender.

A  primeira providência é você se mudar para o contexto histórico da obra e entender que - pós Independência , o Brasil era muito pobre de identidade nacional, portanto criar algo que tivesse " a nossa cara" poderia ser um começo para uma literatura própria
.Alencar era um nacionalista, portanto exaltou a paisagem brasileira - ainda que interiorana- nessa obra. A ingenuidade da história e das personagens casou-se perfeitamente  com os tópicos do Romantismo, movimento literário da época.Não é a melhor obra de Alencar que foi um indianista contumaz.

É gostoso  ler Til ? Definitivamente, não. ( minha opinião , claro! )Mas, é necessário, porque - COM CERTEZA - essa obra vai estar entre as questões de língua portuguesa Fuvest /Unicamp 2013.                    
                     
                            TIL  (SINOPSE)

Contextualização ;

O Autor : José de Alencar
Tempo literário : Romantismo ( prosa/ 1836/século XIX)

Definição da identidade nacional
-Pós- Independência

Características gerais
-Nacionalismo : paisagismo/ indianismo.
-Sentimentalismo
-Subjetivismo
-Liberdade de criação
-Individualismo
-Literatura da burguesia.

Til
. romance regionalista /  a vida campesina.

Estrutura :
31 capítulos curtos.

Foco narrativo:
A narração do romance é feita em terceira pessoa. O narrador é onisciente; ele conhece, sabe todos os pensamentos e planos dos personagens e os revela ao leitor. Não é um personagem e nem um simples espectador.

Espaço:
O local é Santa Bárbara, próximo a Campinas no estado de São Paulo, mas o romance faz referência também à cidade de Itu; à Vila de Piracicaba e à fazenda do Limoeiro. A floresta, assim como o bar à beira da estrada ,o Bacorinho e o lugar chamado Ave-Maria são recursos particulares dentro do romance.

Tempo : No ano de publicação da obra, o Brasil estava às voltas com a aprovação da Lei do Ventre Livre, que garantia a liberdade a filhos de escravos nascidos no Brasil.

Estilo : intensamente poético,descritivo por excelência, adjetivação excessiva.

Enredo: Til é o apelido de Berta, moça “pequena, esbelta, ligeira, buliçosa” que se envolve nas mais intricadas tramas, sempre buscando ajudar os que precisam. Trata-se do ideal de heroína: doce, meiga, caridosa, mas também de coragem e impetuosidade únicas na literatura brasileira. Capaz de enfrentar jagunços, Berta não mede esforços ao buscar a realização de seus intentos. Violências, mistérios e triângulos amorosos constituem esta complicada e bela história.

Personagens

 Berta, Inhá ou Til - personagem central , criada por nhá Tudinha, filha bastarda do fazendeiro Luís Galvão com uma pobre moça da vila ,Besita.  Berta é uma adolescente muito bonita, graciosa, com movimentos espontâneos e encantadores, atrai para si o amor e carinho de todos, é caridosa e não se afasta das criaturas mais repulsivas e desprezadas da região (como Jão Fera, o louco Brás, e Zana). E’ chamada de Inhá por Miguel, e de Til por Brás .
 Miguel - irmão de criação de Berta, filho de nhá Tudinha, mostra-se desde o principio apaixonado por Inhá. Esta porém não percebe que o ama e faz de tudo para aproximá-lo se sua amiga Linda. Sendo pobre, Miguel não poderia casar-se com Linda, mas estuda, ascende socialmente e pode unir-se a Linda .
 Linda - filha de Luis Galvão e D. Ermelinda,  educada aos moldes da corte, faz amizade com  jovens  simples como Berta e Miguel, apaixonando-se pelo último.
Afonso, irmão de Linda, possui o mesmo espírito alegre e conquistador do pai Luis, apaixona-se por Berta (sem saber ser esta sua irmã de sangue).
Luis Galvão - dono da Fazenda Palmas, muito jovial e alegre,  na juventude foi homem de muitas aventuras amorosas e enrascadas – numa dessas desonrou Besita recém- casada com Barroso a qual ficou grávida de Berta . Era protegido por uma “espécie de capanga”, Jão Fera.
Jão Fera ou Bugre - terrível homem, de feições assustadoras e fama de matador (que na verdade é), segundo uma interpretação do livro podemos considerar que a vida o tornou assim (foi cheio de desilusões e sofrimentos). Era apaixonado por Besita, porém apesar de seu desejo a tinha como “santa” e queria apenas sua felicidade pois sabia que ela não o amaria como ele. Assim quando Luis Galvao se recusou a casar com ela, ele rompeu a “amizade” que os unia, protegia Besita , porém ela foi assassinada , ele passou a cuidar de Berta e prometeu vingar sua amada.
Brás - sobrinho de Luis Galvão, sofria de ataques epiléticos e era retardado mental.  Apaixonou-se por Berta que propôs-se a ensinar-lhe o abecedário e orações. Numa das lições, ele se encanta pelo acento (~) til e só conseguiu memorizá-lo quando Berta teve a ideia de chamar-se Til .A partir daí,a menina foi-lhe foi ensinando as letras com associações a coisas ou pessoas conhecidas.
Zana – negra que trabalhava para Besita .Presenciou toda a historia de Berta e do assassinato de sua mãe. O silêncio sobre os fatos levou-a à loucura.
Barroso ou Ribeiro – casou-se com Besita, mas na noite de núpcias abandonou-a para resolver negócios relacionados a uma herança que recebera. Ficou longe durante muito tempo, quando voltou a sua casa viu sua esposa com um bebê, planejou  vingança ( a morte de Luis, Besita e sua filha), matou a esposa, mas foi impedido de matar o Berta por Jão Fera.
D. Ermelinda – esposa de Luis Galvão, muito elegante e educada, não muito bela. Ao descobrir sobre o passado de seu marido se entristeceu, mas quando ele confessou, deu-lhe apoio para reconhecer Berta como filha.

Como é comum em romances românticos,  em Til as personagens são idealizadas – a heroína da trama, Berta, é gentil, delicada , linda  e ainda dotada de valores sublimes como a generosidade com os  desafortunados ; coragem para enfrentar  os perigos.
Como um dos objetivos do autor é mostrar características da vida no interior de São Paulo, ele coloca no enredo linguagem típica,; diálogos entre capangas e trabalhadores da fazenda; passagens em que descreve a natureza da região; mostra diferenças entre a vida rustica e caipira do interior e a dos centros mais refinados como o meio urbano do Rio de Janeiro.

sábado, 25 de agosto de 2012

Fuvest vem aí: redação prá você!




Alice: Quanto tempo dura o eterno?

Coelho: Às vezes apenas um segundo.

(Alice no País das Maravilhas)



INSTANTES
Se eu pudesse viver novamente a minha vida,
na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido;
na verdade, bem poucas pessoas levaria a sério.
Seria menos higiênico. Correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui,
tomaria mais sorvete e menos lentilha,
teria mais problemas reais e menos imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu
sensata e produtivamente cada minuto da sua vida.
Claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver,
trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida:
só de momentos – não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma
sem um termômetro, uma bolsa de água quente,
um guarda-chuva e um pára-quedas;
se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera
e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
contemplaria mais amanheceres
e brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos
e sei que estou morrendo.


Atribuído a Jorge Luís Borges

Proposta
O texto “Instantes”, de autoria (incerta) atribuída ao escritor argentino Jorge Luis Borges, trata de uma avaliação a respeito da efemeridade da vida e da premência de se usufruir dos bons momentos em detrimento de sacrifícios desnecessários.

Considerando essa reflexão a respeito dos valores da vida, redija uma dissertação sobre a“efemeridade da vida”, procurando elencar um conjunto de valores julgados realmente importantes e outro conjunto de valores impostos socialmente, de importância duvidosa.
                                                                                              Gizelda




Você já pensou em como " gasta" sua vida? Não? Então pode começar a pensar nisso agora. A vida não é eterna. É um bom tema para reflexão e - lógico - redação!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Unicamp prá você : NOTÍCIA







A NOTÍCIA

1-Contextualização : levando-se em conta a diversidade da mídia ( jornais impressos, TV, rádio e outros), torna-se de fundamental importância a adequação do texto ao veículo de informação.
2   
      2-Objetividade : a função da notícia é informar e para tanto é preciso ser claro e objetivo.
  
      3-Imparcialidade : o jornalista , ao criar um texto noticioso, deve se manter isento de opinião para não influir no juízo de valor dos leitores.
      4-  Linguagem : os redatores da notícia podem , e devem, manter um estilo, desde que preservem a língua culta, as frase curtas e diretas.
5  
      5-Público-alvo : o leitor universal, sem perfil definido.                                                                 Exceções :futebol, economia ,culinária...
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      6-  Título : deve ser pertinente ao texto e atrativo o suficiente para ensejar a leitura
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      7-   Olho : o aspecto relevante da notícia, normalmente complementa o título, aumentando a curiosidade do leitor sobre o texto a ser lido.
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      8- O LEAD :essencial em qualquer notícia, compõe o primeiro parágrafo e responde a perguntas específicas : Quem? O quê? Quando? Onde?
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      9- Fonte : a notícia tem uma origem que deve ser especificada para que haja credibilidade nas informações expostas.
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      10- Pirâmide Invertida : o corpo do texto é a complementação do lead. Deve ser iniciado com a informação de maior relevância e reponde a perguntas : Como? Por quê?
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      11- Depoimentos
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      12- Ilustração : imagens são um complemento precioso de uma notícia, mas não são essenciais se o texto for bem redigido e expressar  a informação com clareza e elementos esclarecedores. 



terça-feira, 14 de agosto de 2012

Redação Unicamp : RELATO PESSOAL




Gêneros Literários são muitos, mas quais deles  são  os mais prováveis para a prova?
E quem sabe? 
Depois que a Unicamp  escolheu "verbete", tudo é possível. Assim, vamos procurar sanar algumas dúvidas pertinentes às modalidades de textos.


O RELATO PESSOAL

O gênero relato, ou relato pessoal, faz parte do domínio social da comunicação. Podendo ser oral ou escrito, ele parte do princípio de que há um emissor e um interlocutor. Nesse gênero, relatamos, basicamente, experiências vividas no passado – que pode ser ontem, no mês passado, ou há alguns anos – contanto que seja no passado. Para isso, os verbos devem ser empregados no pretérito.
Mas, se no relato, “contamos” algo que ocorreu no passado, qual é a diferença dele para o gênero narrativo? A resposta é: além de, no gênero narrativo, ser possível escrever no presente, o relato sempre prioriza as ações.

1-Estrutura:
Relato Oral: há nele liberdade de criação, pode-se interrompê-lo e improvisar, gerando interação com o interlocutor.
Relato Escrito: utiliza-se de recursos discursivos de articulação/ coesão ( conjunções, pronomes, pontuação ,etc. ). No relato escrito usa-se formalismo.

2-Contextualização:
“Causos”: relatos orais,típicos de cidades interioranas, são histórias enriquecidas pela habilidade de quem as conta.
Boletim de ocorrência: dados específicos coletados por investigadores, em geral, em acidentes de trânsito.                                                                                            Importante : Alguns tipos de  B.O., atualmente, são registrados pela internet –Delegacia Eletrônica - em formulários específicos criados com a finalidade de  agilizar o sistema de investigação.                                                                                                                         
“Contos e romances” abrigam relatos quando personagens narram situações específicas.

3- Interlocutores do relato:
Dependendo de quem são, admite-se informalidade relativa, por exemplo, quando   relatamos algo a nossos amigos. Ou ainda, quando os relatos visam um público jovem como o das revistas para adolescentes: Todateen, Capricho e outras.
O B.O. deve ter linguagem formal, porque destina-se a um interlocutor específico, o policial.

EXEMPLO DE  RELATO PESSOAL :
MINHA PRIMEIRA PROFESSORA
A primeira presença em meu aprendizado escolar que me causou impacto, e causa até hoje, foi uma jovem professorinha. É claro que eu uso esse termo, professorinha, com muito afeto. Chamava-se Eunice Vasconcelos (1909-1977), e foi com ela que eu aprendi a fazer o que ela chamava de "sentenças".
Eu já sabia ler e escrever quando cheguei à escolinha particular de Eunice, aos 6 anos. Era, portanto, a década de 20. Eu havia sido alfabetizado em casa, por minha mãe e meu pai, durante uma infância marcada por dificuldades financeiras, mas também por muita harmonia familiar. Minha alfabetização não me foi nada enfadonha, porque partiu de palavras e frases ligadas à minha experiência, escritas com gravetos no chão de terra do quintal.
Não houve ruptura alguma entre o novo mundo que era a escolinha de Eunice e o mundo das minhas primeiras experiências - o de minha velha casa do Recife, onde nasci, com suas salas, seu terraço, seu quintal cheio de árvores frondosas. A minha alegria de viver, que me marca até hoje, se transferia de casa para a escola, ainda que cada uma tivesse suas características especiais. Isso porque a escola de Eunice não me amedrontava, não tolhia minha curiosidade.
Quando Eunice me ensinou era uma meninota, uma jovenzinha de seus 16, 17 anos. Sem que eu ainda percebesse, ela me fez o primeiro chamamento com relação a uma indiscutível amorosidade que eu tenho hoje, e desde há muito tempo, pelos problemas da linguagem e particularmente os da linguagem brasileira, a chamada língua portuguesa no Brasil. Ela com certeza não me disse, mas é como se tivesse dito a mim, ainda criança pequena: "Paulo, repara bem como é bonita a maneira que a gente tem de falar!..." É como se ela me tivesse chamado.
Eu me entregava com prazer à tarefa de "formar sentenças". Era assim que ela costumava dizer. Eunice me pedia que colocasse numa folha de papel tantas palavras quantas eu conhecesse. Eu ia dando forma às sentenças com essas palavras que eu escolhia e escrevia. Então, Eunice debatia comigo o sentido, a significação de cada uma.
Fui criando naturalmente uma intimidade e um gosto com as ocorrências da língua - os verbos, seus modos, seus tempos... A professorinha só intervinha quando eu me via em dificuldade, mas nunca teve a preocupação de me fazer decorar regras gramaticais.
Mais tarde ficamos amigos. Mantive um contato próximo com ela, sua família, sua irmã Débora, até o golpe de 1964. Eu fui para o exílio e, de lá, me correspondia com Eunice. Tenho impressão de que durante dois anos ou três mandei cartas para ela. Eunice ficava muito contente.
Não se casou. Talvez isso tenha alguma relação com a abnegação, a amorosidade que a gente tem pela docência. E talvez ela tenha agido um pouco como eu: ao fazer a docência o meio da minha vida, eu termino transformando a docência no fim da minha vida.
Eunice foi professora do Estado, se aposentou, levou uma vida bem normal. Depois morreu, em 1977, eu ainda no exílio. Hoje, a presença dela são saudades, são lembranças vivas. Me faz até lembrar daquela música antiga, do Ataulfo Alves: "Ai, que saudade da professorinha, que me ensinou o bê-á-bá'
(Paulo Freire, publicado pela Revista Nova Escola em dezembro de 1994).

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

ENEM / A longevidade , um desafio do terceiro milênio.



 O segundo semestre - para quem está em processo de vestibular - é  como rolar de uma ribanceira. Não há como estancar  a velocidade com que o tempo passa. Ele  acelera a cada dia e , de repente, caímos em dezenas de provas  que parecem nunca acabar.Não há paliativo para isso. 
Se tivermos  a certeza de que que a nossa parte foi feita, o mais é tranquilidade. E sorte, porque afinal sempre é bom contar - também - com ela.

Vamos postar aqui uma proposta que poderia ser ENEM  . Uma possibilidade, como tantas outras que já estão transcritas em postagens anteriores.( vasculhe o blog que você as encontra).

 Proposta de redação ENEM 

Texto 1.
A melhoria das condições de vida e os assinaláveis progressos da ciência e da medicina estão na origem do significativo aumento dos índices de longevidade. A esperança de vida atingiu números inimagináveis na geometria das pirâmides populacionais  há uma ou duas décadas.(...)
Este é um desafio para todos, sem exceção, num quadro de respeito integral da pessoa humana na multiplicidade das suas dimensões. A população idosa terá de ser parte da solução do problema no nosso sistema de organização social.
Desde logo importa desmistificar uns quantos preconceitos em relação à população idosa (idosos são um fardo para a sociedade, são frágeis, já não contribuem para nada, são todas iguais, homens e mulheres envelhecem da mesma maneira e outros) e atuar no sentido de  promover a qualidade de vida e o envelhecimento ativo das pessoas.
 “O número de idosos estimado para 2020 em todo o mundo será de 1,2 bilhões. Três quartos deles vivem em países em desenvolvimento – sete dos quais estão entre as dez maiores populações do mundo. O Brasil ocupará o 5o lugar!.”
Fonte: Agência Ecclesia. /l,http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=88933( texto adaptado)
 
Texto 2
Envelhecer já foi um milagre, um sonho e também uma sentença cruel. Nossos poetas românticos, por exemplo, almejavam a vida curta, cravejada de muita tosse, e olhos fundos, aureolados de acentuadas olheiras. E, quando a vida se estendia, sentiam-se traídos pelo Destino, envergonhados diante da posteridade. Consta mesmo que um deles, aos 22 anos, preocupado com a hora final que tardava a soar, declarava-se com 20 anos – a fim de ampliar a chance de ser colhido ainda na juventude. Acabou não desapontando ninguém, nem a si próprio. Foi ceifado aos 23 anos.
Não fosse o fim precoce de seus autores, a maior parte da poesia romântica não teria sido escrita. A maior e a melhor, porque em toda a obra de Álvares de Azevedo poucos poemas se comparam à beleza de Se Eu Morresse Amanhã. O poeta deu o último suspiro aos 20 anos. Assim também se foram para sempre Castro Alves, com 24, Casimiro de Abreu, com 21, e Junqueira Freire, com 22. Já Fagundes Varela, contrariando a tendência da época, partiu aos 33. E Gonçalves Dias, já um ancião: aos 41.
Mas isso são histórias do século XIX, quando viver não estava na moda. Hoje, mais do que viver simplesmente,está na moda a alegria de viver. De viver bem e largamente.(...)

INSTRUÇÕES:
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, em até 30 linhas.
• A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao gênero  dissertativo-argumentativo receberá nota zero.

Proposta:                                                                                                                                 Com base na leitura dos textos motivadores  e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema, A longevidade: um desafio para o terceiro milênio, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.