domingo, 13 de junho de 2010

Alguns itens para ajudá-lo a escrever melhor.




"Sempre que você considerar um texto definitivo,
corte dois terços dele e ainda vai achar coisas para tirar."

(Ernest Hemingway)


O primeiro problema, capaz de gerar sensações incríveis, desde o pânico até a perplexidade, é a "PÁGINA EM BRANCO".
Como começar? Onde buscar idéias e vocabulário para preencher aquele espaço todo?

Não temos um "segredo" capaz de responder-lhe, mas apenas uma sequência simples de dados que poderá ajudá-lo bastante:

Pense. Concentre-se alguns minutos no tema proposto e o que lhe parecia estranho , logo lhe parecerá familiar.Lembre-se de que quanto pior o tema, maior é sua chance de criar algo original, único.

Leia a coletânea com um lápis na mão: sublinhe o que for compatível com seu ponto de vista. Em provas oficiais não temos tempo de reler textos. Acostume-se com isso desde agora.

Coloque no papel tudo que lhe vier à mente, mesmo parecendo absurdo. Não se preocupe com ordem ou sequência. Coloque tudo de maneira caótica na proporção em que as idéias forem surgindo.A seleção e organização virá depois..

Selecione as idéias aproveitáveis , lembrando-se de que é preciso criar uma tese que possa ser discutida , seja pelo lado positivo ou negativo.

Não escreva difícil. A simplicidade vocabular prevalece sobre qualquer linguagem requintada e exuberante. Escreva simples e claro. Não empregue palavras que você ouviu por aí, gostou, aprendeu, mas cujo significado correto você nem conhece.

Correção gramatical (grafia, pontuação, concordância, etc.) é indispensável para tornar um texto inteligível . Você não precisa (nem deve) ser um "Compêndio Gramatical" completo e brilhante, apenas deve ser correto e claro.

Escreva períodos curtos para facilitar o entendimento do leitor. A clareza, quase sempre, está ligada ao tamanho do período que se costuma construir. Períodos longos, na maioria das vezes, são sinônimos de obscuridade.

Não escreva abstrações - porém faça-o se o tema exigir. Prefira o concreto ao abstrato e o particular ao geral, pois a linguagem acaba sendo mais precisa e é muito mais fácil.

Parágrafo não é um espaço à margem do papel e sim a maior unidade do texto. Via de regra constitui-se de um ou mais períodos onde, em torno de uma idéia central-o tópico frasal-, agregam –se as secundárias, todas entrelaçadas pela continuidade do sentido.

Por melhor que seja o conteúdo da redação, ele será pobre se os "clichês", "pormenores óbvios" e "explicações supérfluas "estiverem presentes numa tentativa de ampliar o texto.

A inversão deve ser utilizada como recurso enfático: às vezes, uma frase aparentemente comum pode ter seu sentido ampliado e enriquecido com uma simples inversão na ordem dos termos que a compõem.Mostre que você sabe manejar o idioma.

A letra: não se pretende que o vestibulando tenha uma caligrafia bonita e perfeita, mas que seja, pelo menos, legível. Imagine que os examinadores terão milhares de provas para serem corrigidas e uma redação com uma letra “impossível”, "suja" (com rabiscos, rasuras, cortes...) será prejudicada quando diante de outra "limpa" (legível, ordenada, clara...). Todo conteúdo, por melhor que seja, pode ser altamente desvalorizado pela falta de capricho e ordem.

Releia tudo calmamente: troque vocábulos inadequados,substitua vocabulário, corte excessos, inclua novas idéias apropriadas, enfim: enxugue o texto .Sua redação pode não estar perfeita, mas, sem dúvida, terá se tornado um texto agradável e bem escrito.

Intertextualidade:

A Intertextualidade é a relação existente entre um texto e outros que, direta ou indiretamente, interferem na compreensão de um assunto abordado. Assim, a bagagem cultural ( leitura de livros, jornais e leitura de mundo )que carregamos dentro de nós vai influir profundamente na análise e compreensão dos textos e temas que nos forem apresentados.

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