CONTEXTO:
1-O
autor : Almeida Garrett
2-Tempo
Literário: Primeiro momento do Romantismo em Portugal- O Romance Histórico.As invasões
napoleônicas; a mudança do regime político: absolutismo / liberalismo. Em época de intenso nacionalismo,
essa literatura resgata valores do passado histórico português. Recupera os heróis medievais, oriundos de uma
época de grande significação para o país, misturando-os com a ficção
romântica cheia de imaginação e
sofrimento.
3-Características:
Nacionalismo, historicismo e
medievalismo:
Engrandecimento dos valores e dos heróis nacionais, seu passado histórico, em especial o período medieval.
4-Bibliografia
Engrandecimento dos valores e dos heróis nacionais, seu passado histórico, em especial o período medieval.
4-Bibliografia
-Camões
(1825)
- Dona Branca (1826)
- Adozinda (1828)
- Catão (1828)
- Romanceiro (1843)
- Cancioneiro Geral (1843)
- Frei Luís de Sousa (1844)
- Flores sem Fruto (1844)
- D’o Arco de Santana (1845) -Viagens na Minha Terra (1846 )
- Folhas Caídas (1853)
- Dona Branca (1826)
- Adozinda (1828)
- Catão (1828)
- Romanceiro (1843)
- Cancioneiro Geral (1843)
- Frei Luís de Sousa (1844)
- Flores sem Fruto (1844)
- D’o Arco de Santana (1845) -Viagens na Minha Terra (1846 )
- Folhas Caídas (1853)
5- A obra:
romance histórico ( ?) / Viagens na
minha terra.
Gênero
textual: na verdade temos um romance híbrido, composto de
relatos autobiográficos, anotações da viagem que o autor
realiza, crônica histórica e social, reflexões literárias e filosóficas, além de
novela sentimental.
Foco Narrativo: em primeira pessoa,
como narrador participante (relata seu ponto de vista, opiniões,
suas experiências ao visitar pontos históricos das cidades
portuguesas como Igrejas, ruínas, túmulos de personalidades
famosas e santos, entre outros).
Estrutura
:
49 capítulos
Tempo
: cronológico,( 6 dias) com uso de flashback ,
feito através de digressões. Presente e passado
históricos do país.
Enredo
:
Uma viagem de Lisboa a Santarém ( intensa descrição da paisagem), cenário onde
se desenrola uma novela / o trágico amor de Joaninha dos Rouxinóis e Carlos.
Título: “Viagens”
- viagem
geográfica–narração das paisagens do interior de Portugal.
- viagem
histórica- ao passado do país, a história de Portugal,
- viagem
sentimental: o romance de Carlos e Joaninha
- viagem crítica:
reflexões sobre o país e sua história.
O possessivo "minha":-O sentimento de
posse ;a relação de intimidade; carácter subjetivo do discurso.
O substantivo "terra": a ligação
telúrica do autor com a Pátria;o nacionalismo.
Personagens:
Joaninha (dos olhos verdes)-graciosa
e frágil. Extremamente sentimental, enlouquece por não suportar as crueldades
sociais, vindo a falecer no final da história. Ingênua e pura simboliza a vida
campesina sem a corrupção urbana. - a mulher anjo.
Carlos (primo de Joaninha):
é um homem submetido a valores sociais pela inconstância .É um suicida moral, porque
perde seus ideais, tornando-se materialista e politiqueiro. O fracasso de
Carlos é o retrato do que acontece com o país. O homem social.
Georgina–mulher de
personalidade forte, enérgica, abnegada. ( noiva inglesa de Carlos)
D.Dinis - amargo e rígido,
tornou-se franciscano para expiar seus erros.( pai de Carlos)
Francisca
-
avó de Joaninha, velha e cega, representa Portugal. Simboliza a imprudência com a qual o liberalismo foi assumido
pelos Portugueses.
6-Simbologia :
Carlos
e D. Dinis
Pai e filho representam D. Quixote (espiritualismo) e
Sancho Pança (materialismo) em fases diferentes de suas vidas. Frei Dinis é,
inicialmente, materialista. Somente diante do remorso pelo pecado cometido
espiritualiza-se, tornando-se um frade austero. Carlos, ao contrário, luta
pelos ideais do liberalismo e, depois de descobrir que é filho do frade, foge e
se torna barão (materialista). Por isso, Helder Macedo afirma que estes
personagens são “espelhos, imagens inversas um do outro”.
Joaninha
e Georgina
Representam o ideal moral positivo. Segundo Helder
Macedo, Joaninha seria a essência do bem inerente às sociedades tradicionais –
o arquétipo de Portugal – e Georgina, a essência do bem inerente às “sociedades
modernas – arquétipo do progresso no século XIX que era a Inglaterra do
liberalismo triunfante”.
7-Considerações
gerais:
Viagens
na minha terra foi publicado entre anos 1843 e 1846, na Revista Universal Lisbonense.
O primeiro plano da narrativa é a viagem – real e
simbólica – que Garrett faz até o vale de Santarém; o segundo é a novela “A
Menina dos Rouxinóis”, que passa a ser contada a partir do capítulo X.
Metalinguagem,
digressão, crítica política e social, reflexão, sentimentalismo são algumas das
características presentes no texto, representando o primeiro momento do Romantismo
em Portugal, no qual Viagens na minha
terra é inserido com propriedade como romance nacionalista.
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